Grupo do Blog de Artes

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Informações adicionais

          Pintor e desenhista, Albert Eckhout veio com Frans Post para Pernambuco, a chamada Nova Holanda na época, na comitiva do governador-general Johan Maurits, conde de Nassau-Siegen, conhecido em nossa história comoMaurício de Nassau. O plano era retratar o Brasil holandês para os investidores europeus saberem a importância das terras ocupadas.

         Sobrinho do pintor Gheert Roeleffs, Eckhout trabalhava em Amsterdã (Holanda) como ilustrador, aos 26 anos, quando foi convidado para a missão artística de Nassau. De 1637 a 1644, documentou frutas, flores, animais e pessoas do Nordeste brasileiro com desenhos e telas. Ficou fascinado pelo que encontrou no Brasil. A maioria das telas tinha mais de dois metros de altura. Foram pintadas para o Palácio de Friburgo, a residência de Nassau no Recife e foram levadas pelo governador quando os holandeses foram expulsos.

          Mesmo após voltar à Europa, continuou a elaborar imagens sobre material recolhido, ainda patrocinado por Nassau. O príncipe presenteava com obras de Eckhout a nobreza européia. Seu primo Frederico 3º, rei da Dinamarca, recebeu oito representações de índios brasileiros em tamanho natural e uma série de 12 naturezas-mortas com frutas tropicais. Essa coleção pertence ao Museu Nacional da Dinamarca e só foi exposta no Brasil no final do século 20.

         Para o rei da França Luís 14 foi enviada uma coleção de oito pinturas, levadas para a manufatura de tapeçarias dos Gobelins onde foram reproduzidas na série chamada "Tapeçarias das Índias". Elas tornaram-se muito conhecidas e foram tão copiadas que os cartões originais que serviam de matriz para produzir novas tapeçarias se estragaram. O Museu de Arte de São Paulo (Masp) possui cinco da primeira série, a Petites Indes (Pequenas Índias).

         Em 1876, D. Pedro 2°, imperador do Brasil, encomendou cópias de seus quadros, feitas pelo pintor Niels Aagaard Lutzen, que estão hoje no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro. A "Dança dos Tapuias" é considerada a obra-prima de Eckhout. O número de telas produzidas por ele na Nova Holanda pode ser bem maior do que se sabe.

          Algumas de suas obras talvez tenham sido destruídas em incêndios. É provável que o próprio Eckhout conservasse alguma coisa para si, pois seus quadros apareceram em coleções particulares muito depois de sua morte. Embora alguns se perdessem durante a Segunda Guerra Mundial, ainda existem 80 telas de pássaros brasileiros, produzidas nos dez anos em que o artista esteve em Dresden, na Alemanha.

          Depois do Brasil, Eckhout mudou-se para Amersfoort (1648), cidade onde batizou seus três filhos. Morou em Sachsen, Dresden (1653-1663), contratado por João Jorge II como pintor de sua corte. Mas, vitimado pela malária adquirida em sua estadia na América, voltou para sua cidade natal onde morreu no ano seguinte.

          Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Eckhout. Ele não recebeu o mesmo reconhecimento que o colega Frans Post no mundo das artes e ficou esquecido durante séculos. Ainda hoje historiadores contestam o valor artístico de sua obra, exaltando apenas o documental.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Estilo e características de suas pinturas (Albert Eckhout)

  Seu estilo de pintura era retratar o personagem sozinho no centro da imagem, "observando" de frente o espectador. Conde de Nassau, uma vez, contou com seus serviços para retratar figuras de nativos brasileiros e alguns de origem africana, vegetais, animais, naturezas-mortas, etc. 
  Existem algumas suposições de que seus quadros não foram pintados no Brasil, ou que foram pintadas aqui e assinadas em outro país, mas, com certeza, não são representativas dos índios, exatamente, como eram na época, pois as imagens são de homens "não civilizados", mas os nativos já foram ensinados dos costumes e hábitos "adequados" definidos pelas pessoas que moravam aqui.
  Até os anos 70, suas obras eram vistas apenas como documentos históricos, mas hoje em dia, suas obras estão inseridas no contexto de história da arte.

domingo, 25 de novembro de 2012

A Pintura de Albert

                            A pintura de Albert


        Quanto ao destino e preservação das obras produzidas no Brasil, Eckhout teve bem mais sorte que Post. É sabido que, no mínimo, as telas "brasileiras" do artista somam 21, nove etnográficas, onde são retratados os nativos e mestiços do Brasil, e 12 naturezas-mortas, frutas, legumes, vegetais em geral, e que elas encontram-se até hoje bem guardadas e catalogadas. Johan Maurits de Nassau-Siegen conservou-as em sua casa, em Haia, até 1654, quando ofereceu 23 originais de Eckhout - as telas "brasileiras" e dois retratos que se perderam num incêndio - ao gabinete de arte do Rei Frederico III, da Dinamarca. Hoje, a coleção de obras que Albert Eckhout pintou no nordeste do Brasil podem ser vistas no Museu de Copenhagen. 







Albert Eckhout (Biografia)

Biografia



 Albert van der Eckhout (Groningen Holanda ca.1610 1666). Pintor, desenhista. Inicia seus estudos em pintura com Gheert Roeleffs, seu tio. A serviço do conde Maurício de Nassau (1604 - 1679), governador-geral do Brasil holandês, Echkout viaja para o Brasil, onde permanece por sete anos (1637-1644). Entre os companheiros, na comitiva de Nassau, destacam-se os artistas Frans Post (1612 - 1680) e Georg Marcgraf (1610 - 1644). No período em que esteve no Nordeste brasileiro desenvolve intensa atividade como documentarista da fauna e da flora e como pintor de tipos humanos. A estada no Brasil é considerada sua principal fase. Nesse período, produz cerca de 400 desenhos e esboços a óleo presenteados por Nassau a Frederich Wilhelm, eleitor de Brandemburgo1, em 1652, e agrupados por Christian Mentzel, entre 1660 e 1664, nos volumes Theatri Rerum Naturalium Brasiliae e Miscellanea Cleyeri, pertencentes hoje à Biblioteka Jagiellonska, Cracóvia, Polônia. Produz também 26 telas a óleo presenteadas a Frederik III (1609 - 1670), rei da Dinamarca, em 1654, das quais 24 encontram-se hoje conservadas no Departamento de Etnografia do Nationalmuseet [Museu Nacional da Dinamarca] em Copenhague. Albert Eckhout retorna a Holanda em maio de 1644, fixando residência em Groningen. Casa-se e transfere-se para Amersfoort, a leste de Amsterdã, onde nascem seus dois filhos. Em 1653, passa a trabalhar em Dresden como pintor na Corte de Johan Georg II (1613 - 1680). No ano de 1663, volta a residir em Groningen, onde falece por volta de fins de 1665 ou início de 1666. No fim do século XVIII uma série de cartões do artista é transformada em tapeçarias pela Manufatura de Gobelins.

Um pouco sobre Albert Eckhout

  Albert van der Echout (1610-1666) Foi um pintor,desenhista,artista plástico e botânico holandês.Era um ator de pinturas do Brasil Holandês,que envolvia em suas obras,a populção,os indígenas e as paisagens do Nordeste do Brasil